Stablecoins Não-USD: Um Novo Capítulo para as Finanças Globais

Stablecoins reformularam a forma como movimentamos dinheiro—mas até agora, quase todas estão atreladas ao dólar americano. Na verdade, tokens lastreados em dólar representam impressionantes 99,8% dos US$ 266 bilhões do mercado de stablecoins.

Por Que Isso Está Mudando—E Rapidamente

A Coreia do Sul está causando impacto com planos de implementar uma estrutura regulatória para uma stablecoin lastreada em won até outubro. A Comissão de Serviços Financeiros (FSC) tem preparado ativamente regras claras para emissão, gestão de garantias e controle de risco como parte da próxima fase da Lei de Proteção ao Usuário de Ativos Virtuais. Isso sinaliza uma grande mudança em direção a iniciativas de stablecoins locais, enquanto legisladores e bancos — incluindo Shinhan, KB e Woori — se preparam para colaboração.

Além da Coreia do Sul, o Japão também está próximo de lançar sua stablecoin atrelada ao iene (JPYC), garantida por títulos do governo japonês e projetada em parte para uso institucional e internacional. Enquanto isso, na China, apesar de uma proibição mais ampla de criptomoedas, autoridades estão explorando stablecoins lastreadas em yuan para avançar na eficiência de remessas e comércio internacional—especialmente através de centros financeiros como Hong Kong.

Por Que Diversificar Stablecoins É Importante

• Redução da Dependência do Dólar Americano Múltiplas stablecoins locais poderiam diminuir a dependência regional do dólar, dando aos países mais controle sobre a soberania fiscal.
• Pagamentos Mais Rápidos e Localizados Projetar stablecoins para moedas específicas pode transformar transferências transfronteiriças—reduzindo custos, aumentando velocidade e melhorando a confiança—especialmente para remessas e comerciantes.
• Maior Resiliência Econômica Em países com moedas voláteis, stablecoins locais oferecem estabilidade e possibilitam maior acesso, especialmente para os não bancarizados.
• Infraestrutura Financeira Modernizada Stablecoins específicas por região poderiam aproximar países de ecossistemas de pagamentos de próxima geração, combinando confiança fiduciária com programabilidade digital.

Concorrentes Emergentes

O dólar ainda pode dominar, mas uma nova onda de stablecoins atreladas a moedas locais está emergindo. Com a Coreia do Sul liderando a iniciativa neste outono, e Japão e China avançando em suas próprias maneiras, estamos entrando em um futuro onde tokens digitais podem ser tanto globais quanto locais—oferecendo estabilidade, acessibilidade e inovação adaptadas às necessidades regionais.